Nunca sei se largo ou fujo,
como for vai ser correto.
Se fujo me achas,
se largo, te encontro.
Atraio assim o seu afeto.
Das artes que sei
tentei de todas.
Quase nada funcionou,
recorro então à mais antiga,
maneira de ser quem sou.
Pois se uso palavras feitas,
por gente que nunca conheci.
Qual grafia ou como seria,
se herdaria ou roubaria.
O que sinto e vivo a repetir.
Que coração cheio
abre a boca,
impossível calar o tic-tic-tic.
Pulsa no peito novas ondas,
que penso entender ao emitir.
Verdade? Não sei certo.
Se ressôo palavra fiel ao pulsar.
De novo repito, desculpe o engano.
Não conheço o pulso, motivo, intuito
do louco circuito que propaga em ar.